O sangue humano é insubstituível e vital para que o organismo funcione de maneira harmoniosa. Por essa razão, a prática voluntária da doação é essencial para que milhões de vidas sejam salvas anualmente. Em 25 de novembro celebra-se o Dia Nacional do Doador de Sangue, marcando a intensificação das campanhas de incentivo a essa prática solidária.
No ano de 2020, o tema da campanha é “O sangue seguro salva vidas”, com o slogan “Doe sangue e torne o mundo um lugar mais saudável”. Salienta-se ainda, que o Dia Mundial do Doador Voluntário de Sangue é comemorado em 14 de junho há 16 anos. A data traz como objetivo, além de agradecer aos voluntários pela generosidade, alcançar novos doadores e conscientizar ainda mais a população sobre a importância dessa ação fundamental para o sistema de saúde e para a vida humana.
Com a pandemia do Coronavírus, quedas significativas na doação de sangue foram registradas. De acordo com os dados do Instituto Estadual de Hematologia (Hemorio), só no município do Rio de Janeiro, no mês de maio deste ano, o estoque de sangue apresentou uma baixa de 38% em relação a maio de 2019. Especialistas enfatizam a necessidade das pessoas doarem mesmo em meio a uma pandemia, e alertam para o possível esgotamento dos estoques caso a situação de carência continue.
Vale ressaltar que a transfusão de sangue é um processo inteiramente seguro. Antes do procedimento, o doador passa por uma uma triagem clínica, onde verifica-se se o mesmo está apto para realizar a doação. O material aplicado é higienizado, descartável e de uso individual. Além disso, os profissionais estão trabalhando com o distanciamento sugerido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e fazendo uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Embora especialistas da área de saúde enfatizem a importância da regularidade da doação de sangue, não é obrigatório que a ação ocorra mais de uma vez.
A fim de garantir segurança tanto do doador como de quem receberá o sangue, o Ministério da Saúde estabeleceu requisitos que permitem ou não a doação.
Os critérios são:
– Portar documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista ou carteira do conselho profissional);
– Estar bem de saúde;
– Pesar no mínimo 50 kg;
– Não estar em jejum. Evitar apenas alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação;
– Ter entre 16 e 59 anos, 11 meses e 29 dias. Jovens com 16 e 17 anos podem doar com autorização dos pais e/ou responsáveis legais, e um documento de identidade original desse responsável.
Não podem doar sangue, provisoriamente, aqueles que apresentam:
– Febre – acima de 37 °C;
– Gripe ou resfriado;
– Gravidez atual – 90 dias após o parto normal ou 180 dias após a cesariana;
– Amamentação – até 1 ano após o parto;
– Uso de alguns medicamentos;
– Anemia;
– Cirurgias;
– Extração dentária realizada nos últimos 7 dias;
– Tatuagem ou piercing (piercing localizado na cavidade oral e/ou região genital) – 1 ano sem doar;
– Vacina – o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina;
– Transfusão de sangue – impedimento por 1 ano;
– Pessoas que tiveram contato com indivíduos que testaram positivo para o Coronavírus.
Após o procedimento, recomenda-se o descanso do(a) doador(a) por até dez minutos. Caso seja fumante, é necessário evitar a prática por uma hora. Bebidas alcoólicas também devem ser evitadas durante cinco horas. Além disso, é importante que a pessoa não realize nenhum esforço físico no braço onde foi realizada a transfusão até o dia seguinte.
Acrescenta-se que homens podem doar a cada dois meses e mulheres a cada três. O volume doado é reposto ao organismo naturalmente em um dia depois.
Por meio de uma doação, é possível que quatro pessoas sejam salvas. Por isso, compareça ao Hemocentro mais próximo e seja um(a) doador(a). Para mais informações, ligue para: 0800 282 708, no Rio de Janeiro.
Confira mais detalhes no site do Hemorio e no portal de notícias da Fiocruz.