Apesar de toda a informação e campanha sobre os malefícios do cigarro, hoje no Brasil cerca de 11% da população é fumante e mais de 200 mil mortes acontecem em decorrência desse consumo.
O cigarro comum é composto por mais de 4.000 substâncias tóxicas e existem três que são consideradas as mais agressivas: nicotina, que provoca dependência e está associada aos problemas cardiovasculares; o monóxido de carbono (CO), que reduz a oxigenação sanguínea no corpo, gerando dores de cabeça, após passar várias horas sem fumar; e o alcatrão, que reúne vários produtos cancerígenos, como polônio, chumbo e arsênio.
As doenças relacionadas ao fumo matam mais de 5 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Em si, o tabagismo já é uma doença independente (dependência de nicotina) que tem como consequência várias enfermidades, como vários tipos de câncer (pulmão, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leucemia), doenças do aparelho respiratório (enfisema pulmonar, bronquite crônica, asma, infecções respiratórias) e doenças cardiovasculares (angina, infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial, aneurismas, acidente vascular cerebral, tromboses). Há ainda outros problemas relacionadas, como úlcera do aparelho digestivo, osteoporose, catarata, impotência sexual no homem, infertilidade na mulher, menopausa precoce e complicações na gravidez.
Os produtos derivados do tabaco, que incluem, além do cigarro, narguilé, cigarro eletrônico e com sabores, cachimbos e charutos, ainda são bastante consumidos no Brasil e no mundo. Apesar de tantos avisos e campanhas de combate ao fumo, como acontece especialmente no dia 29 de agosto, o vício persiste e se alastra.
De acordo com dados da OMS, a epidemia de tabagismo continua sendo uma das maiores ameaças à saúde pública que o mundo já enfrentou. Os produtos de tabaco matam 2 em cada 3 de seus consumidores e afetam também a saúde de pessoas que não fumam, mas inalam a fumaça de produtos de tabaco de terceiros (fumantes passivos). Em média, cada fumante tem uma redução da expectativa de vida, sendo 6,71 anos de vida para mulheres e 6,12 anos para homens. Mais de 500 pessoas morrem diariamente em consequência do cigarro mata e quase 160 mil fatalidades podem ser evitadas quando o consumo é encerrado.
Em 2018, houve uma redução de 40% no número de fumantes brasileiros (dados da OMS). Quem quer parar de fumar, independente da idade e de há quanto tempo tem esse hábito, deve buscar acompanhamento com profissionais de saúde, praticar atividade física, estabelecer uma dieta balanceada, aumentar a ingestão de líquidos.