De janeiro a julho deste ano, o crescimento do setor de seguros chegou a R$ 19,8%. Esses dados do primeiro semestre têm mostrado uma recuperação firme no ramo.
Nesse período, foram arrecadados um valor de R$ 145,1 bilhões, chegando a ultrapassar o segundo semestre no ano de 2019, no qual se obteve valores de R$ 144,7 bilhões antes da pandemia.
Alguns setores se mantiveram em destaque, entre eles os segmentos de cobertura de pessoas, que inclui vida e previdência, seu crescimento foi 23,7%, seguido pelos segmentos de danos e responsabilidades (15,4%) e títulos de capitalização (8,4). Confira a tabela abaixo com outros segmentos que alcançaram ótimos resultados.
Dados de Janeiro a Junho de 2021.
Segmento Patrimonial | 20,7% |
Seguro Residencial | 19,1% |
Seguro Habitacional | 12,5% |
Seguro Rural | +37,9% |
Seguro de Responsabilidade Civil | 37,4% |
Seguros de Transporte | 34,1% |
fonte dos dados: CNseg
Desafios e Expectativas
Em comparação ao ano de 2019, que se encerrou com o valor de 13,1%, o que se espera do ano de 2021 é que esses resultados continuem a crescer ou estacione. Apesar dessa hipótese, a expectativa é que o ano seja fechado com o crescimento de 12,5%.
Em entrevista à Agência Brasil, Marcio Coriolano, presidente da CNSeg, acredita que em decorrência dos últimos três meses apresentarem taxas anualizadas chegando a quase dois dígitos ou até mesmo superando-o, a tendência é de aumento. E mesmo trazendo consequências significativas para a população que está comprando mais seguros do que qualquer outro serviços, o desempenho de 2021 ainda vai depender de muitos outros fatores como a vacinação de todos os habitantes, do comportamento da inflação, que já acumula alta de 8,4% em 12 meses, e do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país).
Com o segmento de danos e responsabilidade em destaque, a espera é que o mesmo continue liderando, com relevância no seguro rural, residencial e voltado para empresas. Em relação aos seguros para pessoas, reforçamos a atenção para os seguros VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), nos quais seriam seguro de pessoa e seguro de previdência.
Acredita-se que, com o aumento da taxa de juros básica Selic, seja possível ter uma competição adicional a esses seguros. Aos títulos de capitalização, avaliasse que haja uma recuperação, porém seus resultados possivelmente não cheguem a alcançar níveis iguais aos de outros anos, em questão de competição de outros ativos. Isso irá depender muito da vontade do consumidor.
Fonte: https://cnseg.org.br/noticias/setor-de-seguros-mantem-recuperacao-consistente-no-semestre.html